A Mulher Agoniada

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Pobre mulher agoniada e aflita
De tantos problemas, está deprimida
Não suporta mais os berros de criança
nem mesmo o seu marido nas lambanças
Por isso, ela senta no corrimão da passarela

Não enxerga a paz, nem o amor
Passa o dia sentindo apenas dor
Ouve sermão sobre sermão
mas ninguém lhe dá a compreensão
E já espera o trem chegar à passarela

Ela só queria um pouco de amor
mas querem ela na perfeição
Sua vida é como trem pagador
que vive assaltada em cada estação
Ela se despede do mundo, sobre a passarela

Em cada minuto, ela perde o sabor
Cada dia é uma tormenta
Ela chama de castigo, o seu labor
Sua própria vida ela não mais sustenta
E o consolo veio com o apito do trem chegando à passarela

Ela diz adeus ao seu pequeno mundo
Um mundo dominado por cobras venenosas
Sua alma está surda e o coração, mudo
Não quer mais viver como uma cadela raivosa
Quando o trem chegou, ela cai da passarela

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Analista de Sistemas e Escritor

Uma pessoa que está sempre disposta a acreditar nos sonhos, no amor e na felicidade até as últimas consequências. Sou proprietário e editor-chefe do Baú do Valentim.

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