Em Busca do Sentido da Vida: Rotina

O homem faz a rotina e não a rotina faz o homem.
O homem faz a rotina e não a rotina faz o homem.

Segunda-feira você acorda, toma seu café da manhã, se arruma, pega o ônibus, enfrenta o trânsito para chegar ao trabalho, fica até tarde trabalhando, depois vai até a faculdade para estudar, e volta pra casa janta e vai dormir. Na terça, na quarta, na quinta faz tudo a mesma coisa que fez na segunda-feira, até que chega a sexta-feira, você faz as mesmas coisas que fez nos outros dias, só que com ânimo, pois vem chegando o fim de semana. Você ‘curte’ e descansa um pouco o fim de semana, até que chega o domingo, em que fica desaminamo, pois na segunda-feira começa tudo de novo! E faz as mesmas coisas, tudo se repete e passamos a ver se tudo isso tem sentido em nossas vidas.

A sensação é de que estamos sempre andando em círculos e nada muda em nossas vidas, tudo se repete. Passamos a ver a rotina como um mal necessário, uma coisa que só tem a função de desgastar as nossas vidas e nada mais. A rotina passa a ser um problema, quando não enxergamos mais os nossos objetivos e não termos mais a consciência de que somos parte de um todo. Quando falta essa consciência, jamais conseguiremos enxergar que as nossas atividades rotineiras, que chatas por sinal,  mas tem uma grande importância, pois a falta delas pode causar problemas dentro de uma sociedade.
É como se a gente estivemos construindo um castelo por exemplo, ou fazendo o trabalho de formiguinha para manter a alimentação de todo o formigueiro, durante os tempos de escassez, ou salvando vidas diariamente fazendo os mesmos procedimentos médicos diariamente. Sim, tudo isso tem a grande importância para que o todo possa continuar existindo. Mesmo até aqueles que não trabalham, estão presos à rotina. Logo, a rotina, quando tem sentido, quando temos consciência de que somos parte de um todo, passamos até a enxergar o sentido da vida, e a rotina não se torna uma coisa chada e monótoma, pois a mesma pode proporcionar surpresas, agradáveis ou não. A cada surpresa, ela nos remete novos desafios e uma nova visão. Mas quando não temos consciência de que a rotina não tem a importância dentro de um todo, ou é simplesmente para ganhar um salário, talvez seja o momento para rever os seus conceitos.
Rotina é caminho, não prisão.
Por que não então quebrarmos a rotina, inventar coisas novas? Por que não fazer algo diferente? Sim, claro que não devemos ser escravos da rotina, pois ela é apenas a nossa ferramenta para atingirmos os nossos objetivos e não devemos ficar presos nela, como se sem ela nada vivemos. Felizes são aqueles que tem a surpresa a cada momento de nossas vidas, sem saber o que de fato vai acontecer daqui a pouco. Mas será que estamos de fato prontos para acolher as surpresas? Será que estamos prontos quando vemos o diferente e o inesperado? Sim, muita gente acaba ficando mais perdido que cego de tiroteio quando uma surpresa inesperada (perdoe-me pelo pleonasmo). Logo, a rotina é o nosso bússola, o nosso trilho de trem e jamais deve ser vista como uma prisão. A rotina existe, pois mostra que tudo está sendo feito conforme planejado e previsto e que existe disciplina para atingir pouco a pouco os objetivos.
Então, que paremos de falar mal da rotina, pois a palavra “rotina”, tem a mesma raiz da palavra “rota”, que quer dizer caminho, o que não tem nada a ver com andar em círculos, desde que tenha uma visão certa e objetiva a respeito de sua vida. As tarefas, que para nós é bastante repetitiva à primeira impressão, mas na verdade, estamos sempre criando coisas novas, pois a cada dia da nossa rotina diária ou semanal, estamos procurando aprimorar as nossas técnicas, pois as mesma nos mostra o quanto somos capazes e importantes e ganhamos um devido reconhecimento de todo meio em que vivemos. Sim, a rotina, quando ela tem um objetivo dado e concreto, ela é um fator muito importante para a busca pelo sentido da vida.
Seguir Fábio Valentim:

Analista de Sistemas e Escritor

Uma pessoa que está sempre disposta a acreditar nos sonhos, no amor e na felicidade até as últimas consequências. Sou proprietário e editor-chefe do Baú do Valentim.

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