Em Nome de Deus, do Diabo e do Lucro

Você algumas vezes parou pra pensar por que é necessário haver uma religião? Se Deus está em nosso coração, por que precisamos de intermediários? Se nós não precisamos de intermediários, pra que religião? E para encerrar, uma pergunta que vai deixar muita gente em dúvida: Qual é o objetivo da religião? Perguntas como estas ainda ecoam e deixam em dúvida muitos argumentos, até mesmo para quem segue fielmente a religião.
Vamos então começar pela história: tanto no cristianismo, no judaísmo e até no islamismo, sua história foi marcara por corrupções, guerras e muitos conflitos para poder espalhar a fé com apenas um único propósito de ganhar mais dinheiro e poder. Naquela época, era considerado morto, quem não aceitar a fé então imposta ou mal-visto na sociedade, como herege pecador. Hoje nós dizemos que religião é assunto que não se deve discutir, mas na verdade, estamos dando brechas para a corrupção dos grandes líderes religiosos, pois o povo tem medo de lidar com o sagrado. Se olharmos para a história das religiões, veremos que elas foram feitas para obter mais dinheiro e poder, através do esquema “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, ou seja, pregam o amor, a compreensão, a verdade, a justiça e a honra, mas não os primeiros a fazerem o contrário daquilo que falam, prejudicando até mesmo os que seguem corretamente a Palavra.

Sim, é verdade que o Cristianismo, infelizmente foi marcada por corrupções e jogos de interesses e até hoje é assim. Falando em história, vamos começar pelo obscuro Concílio de Nicéia, o concílio que deu origem à muitos dogmas e tradições católicas que perduram até hoje, como Natal e Páscoa, por exemplo. Embora o Cristianismo fora fundado 50 dias depois da ressurreição de Cristo, a Igreja Católica nasceu, justamente neste concílio. E para quem não sabe, o Concílio de Nicéia foi presidido pelo então imperador romano Constantino, que oficializou o cristianismo no Império Romano. Até hoje a história do Concílio de Nicéia é muito mal explicada. Em seguida, na Idade Média, nem preciso me aprofundar muito na inquisição e das Grandes Cruzadas, que seus motivos foram puramente políticos.

Finalmente, com a Reforma de Lutero, iniciou-se a Guerra Fria da Fé: os católicos contra protestantes, que dura até hoje. Esta guerra, ao longo da história chegou até a ter conflitos armados, como na Irlanda do Norte. Os motivos da guerra variam de acordo com a época. Antes era por causa da venda de indulgências, hoje era por causa das imagens. Os protestantes (de hoje) abordam que os católicos são meros adoradores de imagens e Maria (só se for a Madalena, pois pelo jeito que falam de Maria, não é a mãe de Jesus). Por outro lado, os católicos, acham que os evangélicos são charlatões que transformam qualquer boteco da esquina em igreja, para arrebanhar mais fiéis e ganhar mais dízimo, quer dizer, lucro e ainda falam o tempo todo do demônio.

Com este conflito, isto gera bastante controvérsias entre eles que põem em xeque diante da sociedade, a solidez da fé. Tanto que toda vez que o papa faz visita ao Brasil, o pastor comunga e o padre vai ao culto, para mostrar que o Brasil é um país ecumênico (pura ilusão…). Vamos ter como destaque nesta guerra, o Edir Macedo, que por várias vezes mudou a doutrina da IURD, simplesmente para atrair os católicos, especialmente os que estão insatisfeitos com as normas vindas do Vaticano.

E nesta história toda, onde andam os verdadeiros cristãos que fora mostrada em Atos dos Apóstolos? Eles ainda existem? Graças a Deus, sim. Meio que escondidos, mas ainda existem. Devo-lhe confessar que pelo mundo que é hoje, é muito difícil ser verdadeiro cristão num mundo dominado pela hipocrisia e maldade. Devemos sim ser a luz do mundo como disse Jesus no Evangelho. Antes, eram os leões do Coliseu Romano que tentavam apagar a verdadeira fé cristã. Mais tarde, foram as fogueiras da Inquisição. E hoje, é a mídia e infelizmente, as autoridades católicas e protestantes, que ao invés de apoiar estas pessoas, perseguem. Então, o que é ser cristão de verdade? E vivenciar o amor que aquele simpático rapaz de Nazaré pregou ao mundo, sem cegar a razão e a emoção, dons que Deus nos deu. Para viver esta amor, você precisa antes de tudo, amar a si mesmo e da mesma forma amar o próximo. E é desta forma que você ama a Deus.

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Analista de Sistemas e Escritor

Uma pessoa que está sempre disposta a acreditar nos sonhos, no amor e na felicidade até as últimas consequências. Sou proprietário e editor-chefe do Baú do Valentim.

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