Não existe incentivo à cultura obrigando as pessoas a lerem o livro ou participando de teatros sob a pena de ser reprovado na matéria escolar. Pior, denegrindo a cultura, se ficar divulgando as coisas mais fúteis, enquanto as obras culturais que realmente acrescentam para a formação da pessoa, são postas em segundo plano. Existe por aqui, uma cultura de que tudo que é cultural é ruim, chato e monótomo, e maravilhoso são os grandes sucessos que apenas tem o intuito de “divertir”. Em outras palavras, de nada adianta o governo, as empresas envolvidas com a cultura, emissoras de rádio e TV, as escolas, fazerem uma boa propaganda de incentivo a cultura, se esses eventos e obras culturais são pouco acessíveis e limitados à pessoas mais endinheiradas. Claro que existem exceções, quando existe uma banda famosa de grande sucesso na mídia que vai existir pessoas que ganham apenas um salário mínimo, estaria disposta a pagar mais de mil reais para assistir a um show no lugar o mais próximo possível de seus ídolos.
Atualmente, somos deparados todos os dias, com os novos sucessos da mídia, seja na área músical, teatral ou até mesmo literária. Mas estes sucessos, especialmente na área musical e teatral, na maioria das vezes não acrescentam em nada na nossa rica cultura, simplesmente transformando no grandioso lixo cultural que cada vez domina a massa popular que tampouco tem acesso aos meios culturais frutuosos ou possuem acesso, mas simplesmente ignoram. Mas eu tenho de fazer uma pergunta: existe realmente incentivo à cultura brasileira?
É claro que poderemos seguir a máxima de Cristovam Buarque sobre a grande importância que ele dá para educação, pois ela realmente é a base de tudo. Mas por outro lado, não poderemos jogar toda a responsabilidade de educação para a escola. O indivíduo, na verdade, é educado pela escola, pela família e pela sociedade, direta ou indiretamente. Por outro lado, somente ensinar quanto é dois mais dois, quem descobriu Brasil não é suficiente. É necessário educar a pessoa a ter seu senso crítico e ser o formador de opinião. Por essa falta de pessoas com senso crítico na população (sendo rico ou pobre) e pela cultura entre muitas famílias de que a responsabilidade pela educação cabe somente à escola, acabamos tendo essas mazelas culturais e somos obrigados a escutar músicas com palavras de baixo calão e de sentido cada vez mais obsceno. Não estou querendo ser moralista e muito menos levantar a bandeira da censura, porque pelo que estou vendo, a mídia não está pregando a liberdade sexual e sim, a depravação sexual. Todos nós somos inteligentes para compreender tudo que nos envolve, mas o que mais fazendo é cruzando nossos braços e fechando nossos olhos para realidade.