Eu bem que poderia escrever isso no começo do ano de 2012, mas no fim, eu preferi falar de amor, do grande amor que existe muito dentro de mim. Preferi primeiramente falar de amor, do que falar de sonhos que estão sendo frustrados pela minha vida, ao longo do tempo. Foram anos de ostracismo, não por causa de vida familiar, mas por causa de amizades que foram perdidas por traições e por pessoas que confiava muito. Pessoas que me deram as costas, quando eu mais precisava de ajuda e me deram as costas e ainda por cima me humilharam, foi este motivo que andei engatinhado a passos de tartaruga, para poder reconstruir a minha vida e para. Mas agora finalmente eu consegui me restabelecer, me firmar em meus objetivos e ter a minha personalidade sólida e verdadeira. Agora tenho um sentido para a minha vida, sei da minha motivação a viver, pois tenho algo que me faz feliz e que me completa.
Eu passei os últimos dias de 2011 refletindo sobre tudo que vivi, e lembro que quase caí na depressão, pois eu estava praticamente vivendo por viver, vivendo dos outros, sem ao menos pensar em mim. Meus planos, desejos e sonhos podem ser coisas de gente egoísta, mas preciso de um pouco de egoísmo para pode conquistar as coisas, ou talvez não sei. Nos últimos dias de 2011 eu estive brigado com uma pessoa que amava muito, mas ao mesmo tempo vi que magoei muitas pessoas. Eu magoei por que não aguentava mais ver pessoas importantes na minha vida indo embora, não aguentava mais ser cobrado por tudo, pelo jeito que tenho que ser, pelo que tenho que ser assim. Nunca suportei pessoas querendo moldar minha vida, mas quando vejo pessoas amigas, que me completam e me fazem felizes indo embora, eu fico completamente triste. Vejo que sou obrigado a ficar nas mãos de pessoas que eu confiava, mas parecem que se incomodam com a minha felicidade, que não admitem a minha felicidade.
Eu estava saturado em uma empresa que trabalhava, uma empresa boa, por sinal, em que vivia de muitas regras pra tudo, me exigiam criatividade, mas não tinha espaço pra isso, e quando sou criativo, reclamavam da minha criatividade. Eu incomodava pessoas, as pessoas se incomodavam, não pelos meus deslizes profissionais e comuns, mas pelo meu jeito de ser mesmo. Regras pra isso, regras pra aquilo, sempre fui uma pessoa rebelde e nunca fui de ligar pra regras, disciplina, pois sempre olhava, desde criança, como uma forma de poder do opressor contra oprimido. Eu não fui demitido pelo que fiz, mas pelo que penso, pelo que sou, pois todos sabiam da existência deste blog e não tem como esconder isso. Sou uma pessoa verdadeira e não admito hipocrisia e criar personagens. Se fosse assim, eu faria curso de Artes Cênicas (Teatro), não de Bacharelado em Informática.
Me lembrava dos tempos em que vivia em casa, em que meus pais impunham regras pra tudo, mas não deixam viver. Lembrava dos tempos em que eu era o bobo da corte das reuniões familiares. Via pessoas muito importantes na minha vida, indo embora da minha vida, pessoas importantes, e ficando apenas os meus algozes. Eu sempre tive dificuldade de manter amizades verdadeiras e duradouras, pois parecia que o destino sempre arrumava um jeito de tirar de mim. Eu perguntava se era por minha causa, que as pessoas se afastavam de mim, pois eu nada fazia para afastar, e ainda hoje me pergunto do motivo destas pessoas se afastarem de mim, sem mais nem menos, sem um motivo, pois em nada magoo. Sempre fui tachado de louco, maluco ou coisa parecida. Mas sei que nunca deixei de lado os meus princípios, ainda que fossem diferentes.
Houve uma época em que tinha muitos admiradores, amigos e ainda pessoas que me bajulavam. Penso que foi a minha época áurea, mas ainda assim, mantenho a minha personalidade diferente. Eu tinha a impressão de que tinha encontrado um lar, um lugar onde sou finalmente aceito como sou, mas no entanto, não percebia que isso me incomodava muita gente. Eu vivia muito dos outros, e procurava ser agradável, como forma de não manter as pessoas longe de mim, pois de uma forma e de outra “precisava” dela. Mas no fim, eu precisei de ajuda, e elas não me ajudaram. Pior, me deram as costas e me humilharam. Hoje, amigos, só no mundo virtual, pois fora do mundo virtual eu não tenho praticamente nenhum. Estou nessa tarefa muito difícil e quase que impossível de transformar amizades virtuais em reais, mas não desistirei.
Hoje posso dizer que sou completamente diferente que há 7 anos atrás, nos tempos em que criei este blog. Sou tão diferente, e mesmo assim, mantenho a minha essência a minha identidade, que mantive desde a minha infância, em que todos me chamavam de louco, que até os meus pais queriam me internar. Os meus pais, te digo que nunca foram meus amigos e não vai ser o falecimento de minha mãe no ano passado que vai me fazer mudar isso, pois nem eles mesmos foram meus amigos. Tive tiranos como pais, não amigos. Me sentia como uma mosca que pousa no cocô no cavalo do bandido, um zero a esquerda, como eles sempre jogavam isso na minha cara.