Depressão na Infância e na Adolescência

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Infância é sinônimo de alegria e energia, mas a depressão pode estar presente nela. Por que isso acontece?

Muitos devem afirmar que a depressão atinge apenas os adultos e que a mesma doença não afeta as crianças e adolescentes. Ledo engano: a mesma depressão que tanto aflige os adultos, também anda atingindo os mais jovens. Segundo as estatísticas, a depressão tem afetado 2% das crianças e 5% dos adolescentes em todo o mundo. Isso também é complicado de diagnosticar entre as crianças, primeiramente pelo preconceito e pela simples crença de que a infância é a época da mais pura felicidade. É preciso entender também que nem todas as crianças são felizes e se sentem satisfeitas nos ambientes em que vivem, sejam em casa, no ambiente escolar ou até mesmo entre amigos com qual tem uma certa convivência. Muitos pais tem uma grande dificuldade de saber lidar com a situação e até eles mesmos acabam não sabendo o que fazer em caso de filhos depressivos.

crianca_tristeA criança e adolescente em depressão acaba entrando em isolamento, pessimista, tem sérios problemas de concentração, o que atrapalha muito no aprendizado e no desenvolvimento escolar. Fatos que devem ser observados diretamente pelos profissionais de educação, parentes, vizinhos e amigos ou até mesmo pelos próprios pais. Uma boa conversa saudável com a família ajudará muito a criança superar esse problema que ela anda passando, mas ainda não deixa de ser importante, a presença do psicólogo. É preciso portanto entender que a criança não tem capacidade plena para poder expressar que se sente deprimida ou até mesma de expressar suas próprias emoções, pois isto depende muito do adulto definir as determinadas emoções, como alegria, tristeza, etc.

A criança normalmente é agitada, brincalhona e procura conhecer coisas novas e a sua curiosidade é praticamente desperta. Quando a criança entra em depressão, ela acaba se retraindo, se tornando desatentas e o desejo de exploração do ambiente e da curiosidade desaparece por completo. É bom ficar atento quando a criança fica quieta muito tempo e com medo de separar da pessoas que a servem como referência, como pai, mãe, cuidador, etc. A criança costuma ter sonos interrompidos por pesadelos com muitas frequência e chore muito na hora de dormir, não pelo medo de continuar brincando, mas também pelo choro assustado e com medo que está sentindo o tempo todo, como de pesadelos noturnos. Já na adolescência, a depressão se manifesta principalmente em meninos, também por questões culturais, pelo fato dos meninos não ser expressivo com suas emoções como as meninas. Ele normalmente costuma ficar isolado de todos, fica a maior parte do tempo trancado em seu quarto e costuma ser muito agressivo até mesmo com seus familiares.

depressao_adolescenciaA criança ou adolescente com depressão ela não sente uma autoestima para poder dar saltos e poder crescer de uma forma saudável, nem mesmo encarando desafios o que reflete diretamente na capacidade de aprendizado na escola.. A adolescência normalmente é conhecida como a fase crises, ainda que breves, onde o mesmo demonstra estar triste e insatisfeito de manhã e muito alegre e animado a noite, enquanto quando o mesmo encontra-se deprimido, ele fica longo tempo de até mesmo dias ou em tempo constante, até mesmo permanente.

A depressão na infância e na adolescência normalmente é muito demonstrada quando a mesma encontra-se em ambiente familiar muito problemático, que é marcado por separação dos pais, brigas constantes entre os pais e até mesmo pela violência doméstica, onde este último,  causa traumas se tornam ainda mais graves e mais visíveis, exigindo acompanhamento bem constante dos especialistas. Segundo os profissionais, os pais tem uma grande dificuldade de aceitar comportamentos inadequados como doença. Mas por outro lado, não é motivo para entupir a criança de medicamentos de tarja preta, pois não podemos educar os filhos com medicamentos. A criança precisa de muita atenção e carinho, mas também precisa ter disciplina e educação, sabendo dizer sim ou não em determinados momentos, sem exageros ou excessos.

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Analista de Sistemas e Escritor

Uma pessoa que está sempre disposta a acreditar nos sonhos, no amor e na felicidade até as últimas consequências. Sou proprietário e editor-chefe do Baú do Valentim.

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