Em Busca do Sentido da Vida: Liberdade

Ao folhear os livros de história, observamos muitas lutas, guerras e vitórias em nome da liberdade, através do derramamento de sangue. Assistimos pessoas sábias que lutam e morrem pela liberdade, através de palavras. Vimos jovens com sede de liberdade. Vimos ao longo da história de que a liberdade é o resuldado de vontades impostas. Mas o que de fato é a liberdade? Que liberdade é essa que tanto lutamos e morremos? Que liberdade é essa, que é capaz de moldar o nosso propósito, o nosso sentido da vida, os nossos sentimentos e até mesmo a nossa razão?

Alguns podem até afirmar que existem vários tipos de liberdades, mas creio que atualmente, a grande maioria almeja a uma certa liberdade: a liberdade de fazer tudo o que quiser, sem nenhuma lei ou regra para proibir. Liberdade para ir a qualquer lugar, para fazer suas próprias leis, suas próprias vontades. Liberdade para andar nu no centro de uma metrópole, sem ser notado, liberdade para ser o que quiser sem temer uma certa punição. Antes de mais nada, saiba que liberdade é poder, aliás, é o maior poder que o ser humano possa deter, logo, a liberdade é a sua maior ganância. Não é o dinheiro que é o maior objeto de obssessão humana, e sim, a liberdade. Assim é desde o princípio. Ouvi muitas vezes que o dinheiro compra a liberdade, mas é verdade, porque ele é o principal meio de se atingir até ao mais próximo da liberdade utópica, até então.


Mais uma vez digo que a liberdade é o maior poder do ser humano pode ter. Portanto, a não ser que seja um verdadeiro eremita ou um náufrago (que vive isolado do mundo), é um poder muito perigoso, que pode roubar a liberdade de outrem, pode machucar, ferir ou matar o seu próximo. Esta liberdade, no entanto, é o que chamamos de libertinagem, uma liberdade sem escrúpulos e sem responsabilidade e sem nenhum tipo de bom senso. Aliás, vale afirmar que grandes poderes trazem grandes responsabilidades. Se não tivermos a liberdade com respeito e responsabilidade, mais cedo, mais tarde, sofreríamos terríveis consenquências. Sei que é duro saber que para ter essa liberdade total, que é a liberdade utópica, teria de viver isolado de todos, sem nenhum contato com nenhuma sociedade, o que para muitos, é muito cruel viver nesta condição.

Mas nem mesmo um eremita ou um náufrago não conseguiria essa tão sonhada liberdade total, porque para poder se sustentar, ele terá que trabalhar, como caçar, pescar, plantar, proteger seus suprimentos, dar manutenção ao seu patrimônio, entre outras coisas. Portanto, ninguém escapa do trabalho e por isso que é chamada de liberdade utópica, uma coisa que é impossível de se atingir sem privar da liberdade do próximo.
Este artigo também vai propor uma liberdade em que todos podem ter e que todos podem sair ganhando: a liberdadade responsável. Tendo a consciência de que nós somos uma sociedade e que tenho que me privar de uma certa liberdade minha, pelo bem do próximo e pelo respeito ao próximo, com certeza chegaremos ao bem comum que por fim, atingiremos a felicidade completa e verdadeira. Portanto, a liberdade não é o fim na qual podemos chegar. A liberdade é um caminho, é um meio. E desta forma poderemos enxergar o nosso propósito, a nossa visão e o nosso sentido da vida.

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Analista de Sistemas e Escritor

Uma pessoa que está sempre disposta a acreditar nos sonhos, no amor e na felicidade até as últimas consequências. Sou proprietário e editor-chefe do Baú do Valentim.

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