O Abutre, A Hiena e o Contramestre

Assim caminha a humanidade egoísta, exploradora e desumana…
Assim caminha a humanidade egoísta, exploradora e desumana…

Vivemos num mundo onde as pessoas são felizes e felizes. Um mundo onde existem pessoas felizes e pessoas tristes. Mas quando falo em felicidade, não me retrato em riqueza material. Falo da felicidade interior, a satisfação pessoal de onde conseguimos realizar em tudo nas nossas vidas. Digo isso, pois há pessoas com muita riqueza material, mas não vivem felizes, enquanto outros, que não possuem quase nada, ou seja, muito mal consegue se alimentar, mas vive uma felicidade plena que encanta e contagia qualquer pessoa próxima a ela. Com esta afirmação, parecia que essas grandezas, como a alegria e a tristeza, são extremamente relativas. Relativas para quem não enxerga nada além do material.

O abutre.

E esta felicidade na qual tanto procuramos, não está no material, nem no que temos, mas no que somos. A riqueza, que poderemos dizer, é uma riqueza buscada na perspectiva de vida, onde nós somos satisfeitos por completo. Portanto, se a pessoa está feliz, significa que é uma pessoa completa, onde não necessita de mais nada para satisfazer seus anseios, seus desejos, suas necessidades. Portanto, há pessoas que são muito infelizes e o que mais fazem, é tornar outras pessoas infelizes.

Quantas vezes nos deparamos com as hienas que riem das desgraças, mas sedutoras e amigas, nos tempos de bonança. As hienas que acham a graça em ver pessoas derrotadas, pessoas tristes e infelizes, para dar o seu devido desprezo. Estas são as pessoas que deveríamos nos manter distância, se quisermos manter na nossa caminhada em paz. Por outro lado, as hienas não descansam até ver a tua desgraça. Não descansam até serem tuas amigas, se tornarem melhores amigas, para no momento de fraqueza, derrubar e esmagá-los.
A hiena.

Nos deparamos também com os abutres, que nada mais fazem do que extrair tudo de você, para mais tarde, descartá-los, como se fossem um lixo. Eles olham as pessoas como nada mais, nada menos do que um produto descartável. Geralmente são extremamente egoístas e acham que o mundo gira em torno deles e o mesmo mundo tem o dever de servi-los. Pessoas predestinadas ao sofrimento? Não sabemos. Mas com certeza são pessoas que jamais encontrarão a felicidade plena e perfeita e jamais perceberão que a felicidade está no ajudar o próximo, sem pedir nada em troca.

Também há aqueles que gostam de prejudicar os outros, apenas explorar, dando chicotadas e mais chicotadas, muitas vezes, sem nenhum motivo aparente. São os chamados de contramestres, aprisionadores e não gostam que os outros sejam livres para nada, e com isso se tornam infelizes. São semelhantes aos abutres, mas querem para si, por todo o tempo, para sempre. Eles veem as pessoas como se fosse propriedade, mercadoria, jamais como humanos.
E o rancoroso contramestre, com seu chicote.

Sim, há também os conformistas, que mesmo insatisfeitos com a vida que levam, acham que deve ser assim e se irritam quando seu próximo resolve sair da situação, quando elas resolvem melhorar suas vidas. Às vezes, esses conformistas veem disfarçados de hienas, mas há puramente conformistas, que querem nada mais nada menos que viver em paz na eterna tristeza, uma tristeza sem fim. São pessoas que costumam jogar balde de água fria em tudo que planejamos ou sonhamos, tornando o possível em utópico.

Vale a pena pensar que além de evitarmos esses seres que querem roubar a nossa felicidade, quantas vezes fazemos o papel de hiena, de abutre ou de contramestre, aprisionador. Quantas vezes roubamos a felicidade do próximo ou rimos da desgraça por puro prazer. Estas coisas precisam sim, ser pensadas e repensadas, pois a vida é cheio de caminhos. Em tudo que fazemos há retorno. Que nós possamos buscar o caminho de paz e de luz e que encontremos o nosso sentido para a nossa vida, e que não permitiremos que estes personagens já citados não roubem a nossa felicidade e muito menos nos transformar nestes mesmos personagens.
Seguir Fábio Valentim:

Analista de Sistemas e Escritor

Uma pessoa que está sempre disposta a acreditar nos sonhos, no amor e na felicidade até as últimas consequências. Sou proprietário e editor-chefe do Baú do Valentim.

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