Antes de mais nada, vamos parar e refletir sobre a palavra prazer. O que de fato é prazer? Prazer é nada mais e nada menos que a sensação de bem estar, de nos sentirmos completos e felizes. Mas não é preciso mostrar a felicidade e alegria, quando a pessoa sente muito prazer, mas pensamos que o prazer é uma forma de massagear o nosso ego, de nos sentir bem. É a partir do prazer, que nós produzimos, quando a gente está fazendo o que nós mais gostamos, ou até mesmo para satisfazer os nossos instintos mais primitivos. Ainda que este prazer instintivo dê uma satisfação inigualável, acabamos muitas vezes nos entregando à grande dor da angústia ou do arrependimento, que o que fazemos vai contra o que pensamos ou a nossa razão, nos levando ao intenso conflito interior É diferente do prazer pelo que fazemos, o prazer laboral, que nos motiva e nos dê ânimo para sonhar, ainda que este prazer esteja ligada a um hobby.
Quando a gente coloca o nosso prazer acima de qualquer coisa, acabamos por sermos completamente egoístas e passamos a enxergar o mundo com nosso próprio umbigo, ignorando tudo ao nosso redor. Com isso, acabamos nos afastando das pessoas do nosso redor e do nosso convívio, passando a viver como eremitas solitários, no meio de um mar de gente. A solidão e o completo isolamento, é o salário que ganhamos, quando colocamos o nosso prazer acima de tudo. Teremos a sensação de que ninguém a ama, e se sentir rejeitado por todos. Pelo fato da pessoa colocar o prazer acima de qualquer coisa, esta mesma pessoa acaba negando o amor consigo mesmo, e por consequência afastando o amor do próximo, porque somente o amor atrai o amor e não o contrário. Logo nós vamos perceber que nem sempre devemos colocar o prazer acima de tudo. O prazer é bom, pois faz nos sentir bem, mas bem de verdade, não o prazer viciante, que nos torna degradados e destruídos.