Só que muito pelo contrário que o Picciani esperava, esta lei equivocada está simplesmente provocando ainda mais o caos e histeria no sistema de tranportes. Ela também contribui para a segregação social, além de ser inconstitucional, pois a constituição garante o direito de ir e vir de todo o cidadão brasileiro independente de sexo, raça ou crença.
Fazendo assim, o estado estaria repetindo os mesmos atos que os EUA fizeram com os negros nas década de 1950 e 1960. Assim como também está manchando conquistas que as mulheres realizaram durante anos. É lamentável saber que não houve nenhuma mobilização contra esta lei absurda e anti-social. Acho que se o Picciani fizesse esta mesma lei para negros, favelados ou homossexuais, com certeza a Avenida Rio Branco e a Praia de Copacabana estariam fechadas para manifestações e protestos já no dia seguinte. Talvez a sociedade carioca reflita sobre isso e vai entender que isso, na verdade isso não acrescenta em nada.
E a respeito dos assédios sexuais, quero que saiba que não houve nenhuma redução significativa deste tipo de delito, o que quer dizer que esta lei é ineficiente. Sei que este post é um belo de um banho de água fria nas mulheres que defenderam sumariamente esta lei, especialmente as que foram assediadas. Mas vale pensar que se dividir a sociedade gera um problema gravíssimo, enquanto o assédio continua crescente, pois existem outras formas muito melhores para se combater o assédio sexual em transportes de massa. Porque respeito é bom e todos merecem!
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