As Lições Mais Caras do Mundo

Trinta anos de vida, quatro filhos, dois livros publicados, seis anos de sofrimento, por apego, oito anos de blog e duas lições mais caras do mundo. Minha vida realmente é exemplar?
Trinta anos de vida, quatro filhos, dois livros publicados, seis anos de sofrimento, por apego, oito anos de blog e duas lições mais caras do mundo. Minha vida realmente é exemplar?

Em primeiro lugar, eu peço desculpas a todos os meus leitores fiéis a respeito do meu sumiço, que foram mais de 6 meses, pelo visto. Em meio a tantos problemas pessoais e de trabalho e de muito corre-corre, eu acabei deixando de lado o que realmente dá prazer, para alimentar os sonhos dos outros, ainda que estes sonhos sejam completamente frustrantes e irreais. Eu quero portanto retomar esse blog a todo vapor, exercitando a minha inspiração, para me dar a verdadeira alegria de viver, para que eu realize mais sonhos e que eu seja completamente verdadeiro. Pelo menos é uma coisa que me dá uma motivação a viver, em meio a tantas rotinas muita das vezes improdutivas e sem esperança de vida. Tudo isso que estou passando, meus caros amigos, foi um fruto de uma lição mais cara do mundo e de toda a minha vida, na qual eu devo compartilhar a vocês. Depois de 6 anos de isolamento e puro sofrimento. Eu espero que não entendam isso como  um desabafo, mas eu posso até perder meu emprego ou ser processado, por causa desse texto, mas estou pouco me lixando pra isso. Eu não me calarei e ninguém vai impedir a minha felicidade.

A lição mais cara do mundo, meus caros, foi a diferença entre o amor e o apego. Isso foi depois de seis anos de casamento que era problemático desde o início, antes mesmo da minha filha mais velha nascer. Eu na verdade eu tinha um poste, na qual eu considerava como minha esposa, que fazia desvio de verbas, prejudicando todo o orçamento da casa, e me tratou com completo desprezo, logo depois que minha filha nasceu e perdi a casa, sendo despejado. Eu não fui amado de verdade, mas eu queria investir neste “casamento”, para poder ficar perto da minha filha e ter uma família de verdade. Sim, eu sei, eu podia ter assumido a criança, sem precisar se casar, mas sei que se isso acontecesse eu não teria a melhor amiga que tenho hoje, pois eles, os familiares da minha ex daria um jeito de eu não ver a minha filha mais. Mas enfim, antes de eu contrair o primeiro casamento, eu tinha muitos sonhos e desejos. Eu estudava numa das melhores universidades do Rio de Janeiro (PUC-Rio), e tinha um sonho de abrir uma empresa, uma start-up, onde eu poderia revolucionar o mercado e a vida das pessoas, tornando um facilitador. São coisas que eu faria com um maior prazer do mundo, sem ninguém me chamar de distraído ou atrasado. Sem ninguém questionar o meu profissionalismo ou a minha capacidade, pois eu sou capaz de fazer muitas coisas, mesmo que o mundo duvide do que realmente sou. Durante o curso na PUC, eu fiz estágio em uma fábrica de software, na qual que fui efetivado. Foi uma experiência boa, que até tenho uma pessoa que trabalhou comigo naquela empresa, que esta na empresa em que estou atualmente empregado, na qual partilhamos boas lembranças, como a subida ao Pico da Tijuca, onde eu quase tive um pirepaque ao chegar no topo, bem como eu tive o primeiro contato com a doutrina espírita, através do meu gerente de projetos daquela época, e me encantei e até tinha uma vontade de ir a um centro espírita, apesar de ainda professar a fé católica e participar a missa todos os domingos, e ainda ser casado com uma pessoa que diz que espiritismo é uma coisa muito perigosa de se mexer, como de O Livro dos Espíritos, de Alan Kardec fosse nitroglicerina pura. Eu ainda vou falar do espiritismo no final deste texto. Eu lembro que eu era músico católico muito conhecido que tomei atitudes muito importantes que foram um marco da história da Paróquia São Luis Rei de França, no bairro pobre de Costa Barros, subúrbio do Rio de Janeiro. De tanto reconhecimento que eu tive perante à comunidade, inclusive na Renovação Carismática Católica, chegando até exercer meu ministério em eventos católicos a nível diocesano. Por conta de todo esse reconhecimento, eu fiz muitas amizades e fui bastante conhecido não somente em Costa Barros, mas  em vários lugares do Rio de Janeiro. Sei que hoje eu não gozo desta tamanha popularidade e sou tão completo desconhecido, que sento ao lado de pessoas que rasgavam elogios sobre o meu trabalho como musico, nem se lembrar de quem eu sou, mas isso não me é importante, pois eu nunca trabalhei pra isso.

Sempre fui e ainda sou uma pessoa pensante e questionadora, e sempre procurei entender o sentido de cada coisa que norteia por este mundo. Talvez seja por isso que passei a incomodar muitas pessoas que não gostam de ouvir verdade e ter uma vida na mais completa hipocrisia, ou pessoas que praticamente vivem por viver, preferindo viver na ignorância e não aprender as coisas novas. Por isso eu acabei vivendo um verdadeiro inferno astral na minha vida profissional, onde tive que comer o pão que o diabo amassou em algumas empresas que trabalhei, tendo que aturar chefes completamente idiotas e grosseiros, embora eu tive momentos em que trabalhei em empresas sérias, como Proreserve, que foi até o momento a melhor empresa onde trabalhei e voltaria de novo pra lá, se eu tivesse oportunidade, mas as adversidades das empresas grosseiras por onde passei, acabaram gerando um descontentamento na minha vida profissional e acabei questionando o que realmente estou fazendo aqui, porque eu decidi pela carreira. Aí lembro do meu pai dizendo que eu tenho que seguir a carreira de informática, “porque dá muito dinheiro”, que enfim, ele queria que eu seja militar, mas vou aprofundar este assunto em outro post. Eu lembro também que tive um inferno no meu “casamento” (sim, entre aspas mesmo), pois eu não tive amor de verdade. Ela fez muitas mazelas na qual ela sempre arruma um jeito de jogar a culpa pra cima de mim, me responsabilizando por tudo o que aconteceu, mesmo partindo por iniciativa própria dela. Com o passar do tempo, eu passei a ter casos extraconjugais e a procurar outras mulheres, pois eu queria que ela descobrisse, para poder desencadear o fim do relacionamento. Sim, eu poderia muito bem ter chegado, conversado com ela e dar o fim a tudo, ao invés de apelar para traição, mas eu tentei fazer isso, pois ela fez muitas chantagens, ameaçando a sumir com os meus filhos e fazer uma série de maldades com eles. Mesmo ela descobrindo a traição e o meu desejo por outras mulheres, ela não quis terminar o casamento, pois enfim, ela deu ideia de abrirmos o relacionamento e podermos participar de relações sexuais liberais com qualquer pessoa que quisermos. Eu acabei tendo mais relacionamentos virtuais que reais, enquanto ela, o oposto, em que ela me contou que participou de diversas surubas lésbicas com várias mulheres ou fez dupla penetração. Eu portanto tive relações extraconjugais “legalizadas” também e inclusive tive romances, mas ilusórios, com uma certa garota de Curitiba. A gente trocava juras e mais juras de amor, fomos pra cama juntos mesmo assim ela prefere que eu ainda estivesse casado, mantendo uma espécie de poligamia. Mesmo estando com ela, eu ainda tive relacionamentos sexuais com outras mulheres e ainda assim eu queria ficar com ela, acima de tudo. Lembro que eu também acabei questionando a minha fé católica, em meio a tamanha hipocrisia que reina sobre a igreja e que penso que a doutrina é bastante obscura e presa aos dogmas. Por conta da tamanha hipocrisia, eu vi quem realmente são os verdadeiros amigos, pois eles me deram as costas quando mais eu precisei de ajuda. Não de uma ajuda financeira, mas talvez de ajuda moral e acabei sendo duramente criticado por todos, mas com o passar do tempo cansado da hipocrisia e da atitude de muitos coordenadores na igreja católica, eu acabei abandonando. Eu ainda vou escrever detalhadamente sobre o que realmente aconteceu. E por meio de todos os problemas, eu acabei abandonando a faculdade, pois acabei ficando sem cabeça pra me dedicar aos estudos.

Por fim, eu fui dispensado pela curitibana, virei uma pessoa sem religião, não um ateu, me separei, conseguindo finalmente dar o fim ao casamento, cansado de me sentir um pedaço de carne. Mas com a separação eu achava que tudo ia voltar a ser como era antes, quando eu ainda engatinhava no mundo da blogosfera, em 2005. Mas foi nada disso, e eis a minha outra lição mais cara do mundo. Minha mãe tinha falecido durante as minhas mazelas e passei a ter frequentes confrontos com meu pai, e pessoas vivem falando do meu passado. Mas no meio de todo esse caos em minha vida, eis que conheci um anjo, que atende pelo nome de Patrícia. Ela foi fundamental para poder superar todo o meu sofrimento e ficar ao meu lado, mesmo que eu não queira mais. Mas além dos meus confrontos com a minha familia, eu ainda passei por muitos apuros, porque minha ex se envolveu com drogas e maltratava muito os meus filhos, deixando eles a passarem fome e sendo humilhados de toda forma. Eu tomei providências legais quanto a isso e ainda corre na justiça o caso.

Contudo, em meio a muitas guerras, e no meio dos escombros, eu fui investindo na minha vida nova, renovando todas as minhas crenças e a minha esperança. E no meio disso tudo, eu acabei me ocupando nisso tudo. Foi difícil superar as dores do passado, que foi a muito custo e sofrimento. Eu passei entretanto a entrar em depressão, chegando a desenvolver tendências suicidas. E a Patrícia, o meu anjo, que também será minha esposa, esteve sempre ao meu lado, me apoiando, mesmo nos momentos em que a gente se desentende. Sou muito grato a ela por tudo isso. Ela me apresentou novamente o espiritismo, na qual eu tive contato e finalmente freqüentei um centro espirita, na qual eu aprendi coisas interessantes. Entendam que não tou convidando ninguém a frequentar um centro espirita, só estou usando este espaço para poder explicar o que passei, par me levar ao sumiço de mais de seis meses na blogosfera. Com uma boa ajuda, eu aprendi e ainda estou aprendendo as duas lições mais caras da minha vida, talvez do mundo, o que muitos ainda não aprendem ou não tiveram oportunidade para aprender: uma é a diferença entre o amor e o apego e outra é que nada voltará a ser como era antes. Mesmo com a vida social altamente restrita, com um número de amigos que posso contar só com dedos de uma das minhas mãos, eu vou levando a vida e aprendendo a verdade. E vou lembrando para aproveitar a comemoração atrasada de 8 anos do Baú do Valentim, (que foi no dia 30 de agosto), e meus trinta anos de vida, começando finalmente a minha vida nova, retomando aos meus projetos a todo vapor e tirando a poeira do Baú.

Com essas lições aprendidas, eu quero dizer a todos, principalmente aos meus inimigo, especialmente aos inimigos que se travestem de amigos meus, de que eu tenho sonhos, desejos e planos e vou realizar todos eles, pela graça de Deus, por mais que estas pessoas façam de tudo para atrapalhar o meu sonho, mesmo que muitos tentam cortar as minhas asas, quero dizer que jamais deixarei de voar. Eu comi um pão que o diabo amassou, eu sei. Eu vivi na lama, eu sei e também sei que foram as minhas escolhas que me fez chegar a isso, mas todos nós erramos e todos nós fazemos escolhas erradas, como todos nós temos o direito de nos redimir. E lembro também nesse mar de lama que vivi, eu consegui conquistas importantes, como a publicação de dois livros meus e manter este blog no ar por oito anos. Nunca deixemos de voar, e tomo a liberdade de publicar mais uma vez o vídeo inspirador, que publiquei outrora. E tenha certeza, meus amigos (os meus verdadeiros amigos), que muitos planos e projetos irão sair. Importante também lerem os artigos complementares, para compreenderem melhor a minha situação em que passei.


 

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Analista de Sistemas e Escritor

Uma pessoa que está sempre disposta a acreditar nos sonhos, no amor e na felicidade até as últimas consequências. Sou proprietário e editor-chefe do Baú do Valentim.

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