Em Busca do Sentido da Vida: Acreditar

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“Eu acredito em fadas! Acredito! Acredito!”
“Eu acredito em fadas! Acredito! Acredito!”

É comum, em momentos de família, você, pai de família conversar com seu filho, especialmente nas festas de fim de ano e pergunta para a criança se acredita no Papai Noel. Na maioria dos casos, a criança naturalmente vai responder que sim e que acredita muito que o bom velhinho vai aparecer sorrateiro e deixar o seu presente de Natal. Mas e se o teu filho disser que não acredita no Papai Noel e que ele não existe? Como você reagiria? Muitos pais fiquem frustrados com essa situação, achando que criança tem que acreditar no Papai Noel, que criança tem que ter fantasias e em casos extremos, acabam entrando em conflitos. Para piorar as coisas, ainda tem uma série de filmes com temas natalinos, mostrando que uma criança que não acredita no Papai Noel é um verdadeiro fim do mundo. Acredito isso que não seja uma uma forma saudável de acreditar…

Por outro lado, ainda no reino da fantasia, existe um personagem chamado Peter Pan. Aquele rapaz vigoroso que voava na Terra do Nunca, que nunca cresce, nunca envelhece. E para voar, basta apenas um pó de pirlimpimpim, acreditar e voar. Claro que os agentes do politicamente correto iriam falar que vai incentivar as crianças a pular do alto do edifício, acreditando que vai voar, o que não é verdade, pois é uma obra antiga, datada do início do século XX e até agora, ninguém fez isso. Piadas à parte, vemos que a crença de podermos voar e sermos jovens é uma faca de dois gumes, mas por outro lado é uma fantasia e crença digamos, saudável, pois embora não voemos através do pó mágico, existem outras formas e maneiras de poder voar, não de maneira livre, como descrito no livro do Peter Pan.

Acredita nele?

Mas acreditar, no que estou falando, não seria viver num mundo da fantasia, onde esperamos ansiosamente o bom velhinho com sua roupa vermelha, ou se imaginamos voar, ou recebemos uma inesperada visita de um duende, acreditar vai muito além disso, vai além. A crença de que podemos ser nós mesmos e conquistar coisas que são impossíveis, a crença de que existe uma felicidade e amor. Chega até ser risível, um pai que não acredita em nada, incentivar seus filhos a acreditarem no Papai Noel, duende ou coelhinho da Páscoa. Não digo que devemos acreditar em fantasias, mas em coisas que sonhamos, acreditar em nossos princípios, sem sermos escravos deles. E esse é o primeiro passo para seguirmos a busca pelo nosso sentido da vida, pela satisfação completa e a alegria de viver.

Ratificando tudo isso, acreditar não é simplesmente conseguir o que quer, mesmo sendo através de treinamento e batalhas árduas e difíceis, mas também uma forma de mostrar quem realmente somos ao mundo. Uma pessoa que não acredita em nada, é uma pessoa que está sempre sendo levada pela maré da vida, que se deixa levar por qualquer coisa, ou até mesmo por uma simples opinião vazia. É preciso termos os nossos valores e conceitos, e por fim, acreditarmos fielmente neles, pois estes serão a nossa identidade perante á sociedade. A crença é a base no que somos e no que queremos, e principalmente, no que fazemos. Claro que não podemos transformar essa crença num fanatismo, que ignora qualquer coisa que fuja da realidade. Acreditar não é fugir da realidade, é tornar aquilo que é irreal, em uma coisa real, palpável. Acreditar é uma bússola da longa caminhada em busca do sentido da vida. É importante lembrar e relembrar que as nossas próprias crenças mostram quem realmente somos.

Seguir Fábio Valentim:

Analista de Sistemas e Escritor

Uma pessoa que está sempre disposta a acreditar nos sonhos, no amor e na felicidade até as últimas consequências. Sou proprietário e editor-chefe do Baú do Valentim.

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