Sobre Conflitos e Guerras Familiares

Se o clima na tua família tem a ver ou lembra a imagem acima, é bom que leia este texto.
Se o clima na tua família tem a ver ou lembra a imagem acima, é bom que leia este texto.

A família, segundo a doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana, é a primeira instituição, de onde o indivíduo passa a se formar, pois é através da família que formam pessoas, não exclusivamente as escolas e terceiros, ou seja o papel dos pais na educação é insubstituível, da mesma forma que a doutrina católica pede para que os filhos honrem os seus pais. Também segundo a mesma doutrina católica, pega que a família deve ser um lar de amor para permitir que os filhos possam estar fortes e preparados para as adversidades da vida e do mundo que há lá fora. É na família que jogam laços de amor e os filhos são de fato, o reflexo dos pais, quando a educação e a formação moral for bem sucedida.

Em outras palavras, é dentro da família que de aprende o que são direitos e deveres (importante para o cumprimento da legislação vigente). É dentro da família que se aprende o respeito ao próximo, a honrar os compromissos, obediência aos superiores, trabalho em equipe, criar relações amorosas saudáveis e muito mais. Isso vai muito além tradição ou de valores, pois somente dentro da família em que se forma o caráter da pessoa, para que a mesma possa viver de uma forma saudável dentro da sociedade, ainda que a mesma sociedade rejeite e desaprove a sua conduta, pois assim, a família tem que ser um local de apoio, aconchego, um repouso para almas cansadas. É na família que vemos claramente que o homem é o ser social, e aprende a viver em sociedade.

Então, porque há tantas famílias problemáticas? Por que há tantos filhos que se desentendem com os pais e vice-versa? Simplesmente falta uma coisa chamada diálogo, respeito e compreensão, tanto da parte dos pais, quanto da parte dos filhos e principalmente amor. Não se pode exigir a consideração, se não der consideração e não pode exigir amor, quando se não der amor. Isso vale para todas as partes. Um dos problemas é que os pais querem sempre ter a razão e os filhos também querem sempre ter a razão, mas não há promoção do diálogo, nem a conversa e nem é certo e errado e o que acontece: uma guerra de alastra, provocando uma guerra, que causa sérios danos à estrutura familiar, praticamente irreversíveis.

É comum ouvir “filhos, escutem os seus pais”, da mesma forma que ouvimos “meus pais nunca me escutam”, mas isso é nada mais que uma falta de entrosamento entre os familiares, um entrosamento que deve ser criado já desde a infância. É muito fácil jogar na cara dos filhos que os mesmos devem honrar e respeitar os seus pais, mas poucos enxergam que os filhos são o tempo todo assediados e humilhados pelos próprios pais. Sim, parece ser uma loucura, ou mania de perseguição, mas só olha a verdade, quem quer realmente enxergar a verdade, muito além das retóricas (como que “os pais sempre certos e os filhos sempre errados”), além de muitas outras. Mas esses problemas são gerados também por falta de entendimento do casal (os pais) e esse clima de guerra dentro do casal reflete inevitavelmente nos filhos.

Claro que existem muitas outras formas e histórias tristes que fazem do lar, um verdadeiro campo de batalha diário, numa guerra em que todos perdem, direta ou indiretamente, mais cedo ou mais tarde, pois uma pessoa sem família é uma pessoa sem origens, não necessariamente uma pessoa morta, pois ela passa a andar com suas próprias pernas. Claro que existem muitas outras questões, como o excesso de apego, de privilégios a um membro familiar, causando discórdia entre eles. Por fim, muitos problemas familiares podem ser resolvidos com um simples diálogo! O que deve ser feito, não é viver no clima de guerra, pois o lar deve ser um lugar para paz e não para guerra.

O lar não é lugar onde se vive, mas onde é amado e compreendido.
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Analista de Sistemas e Escritor

Uma pessoa que está sempre disposta a acreditar nos sonhos, no amor e na felicidade até as últimas consequências. Sou proprietário e editor-chefe do Baú do Valentim.

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